Há 45 anos atrás, a 19 de Dezembro de
Depois, o Zeca Afonso, quis recordar este senhor, numa belíssima canção que iremos recordar...
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Um a gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação
Autoria (Letra e Música): Zeca Afonso
1 comentário:
Gostei deste texto e poderei acrescentar que a rua onde foi assassinado fica em Lisboa frente a antiga escola comercial Ferreira Borges hoje tem o nome que apos o 25 de Abril foi dado o nome de Jose Dias Coelho
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