NOTA: o CD do nosso conterrâneo Fausto está excelente (é hoje o 1º do Top de Vendas) - eis uma boa sugestão para prenda de Natal... É pena que repitam que nasceu a bordo navio Pátria (nasceu na nossa terra e foi com cerca de dois anos para África).
Situada em ponto estratégico da Beira Alta, Vila Franca das Naves é uma terra hospitaleira, com indústria, comércio, serviços, restauração, escolas e actividades agrícolas... Elevada a Vila em 9 de Dezembro de 2004, com cerca de 1400 habitantes, é um ponto de visita obrigatório na região. Venha conhecer a nossa terra!
domingo, dezembro 04, 2011
Fausto na RTP - lançamento do álbum Em busca das Montanhas Azuis
NOTA: o CD do nosso conterrâneo Fausto está excelente (é hoje o 1º do Top de Vendas) - eis uma boa sugestão para prenda de Natal... É pena que repitam que nasceu a bordo navio Pátria (nasceu na nossa terra e foi com cerca de dois anos para África).
quinta-feira, dezembro 01, 2011
Viva o 1º de dezembro!
(imagem daqui)
A Restauração da Independência é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da Casa de Bragança. É comemorada anualmente em Portugal por um feriado no dia 1 de dezembro.
in Wikipédia
NOTA: dizem que vão acabar com este feriado; é pena, pois em muitas partes do país, como na nossa terra, é uma data festiva importante - basta recordar os anos em que os alunos das Escolas Primárias pediam, usando a Bandeira da Restauração (até esta ser apreendida pela GNR...) aos vilafrancanavenses para o seu Magusto Escolar...
domingo, novembro 27, 2011
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (XI)
Terminamos, com a poesia que inicia o primeiro livro de poesia de António Gedeão, a Semana da Ciência e da Tecnologia 2011. Uma semana de muito trabalho: esta Tertúlia, em que participaram 13 Blogues, uma formação em TIC (com cerca de uma dúzia de professores), uma observação astronómica, com apresentação pelos autores de três livros, apresentações multimédia, visita a uma exposição de trabalhos de alunos e de livros de Astronomia na Biblioteca Escolar da minha Escola (que inclui jantar partilhado...) e uma actividade para alunos sobre software astronómico para os alunos do clube de Astronomia da minha Escola, isto para além das aulas, dos testes, do trabalho em casa e de milhentas outras coisas. Mas, como dizia um poeta que morreu no último dia deste mês, há setenta e seis anos, tudo vale a pena se a alma não é pequena...
(imagem daqui)
Homem
Inútil definir este animal aflito.
nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis.
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
in Movimento Perpétuo (1956) - António Gedeãosábado, novembro 26, 2011
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (IX)
Poema de pedra lioz
Álvaro Góis,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede,
pedreiros de profissão,
de sombrias cataduras
como bisontes lendários,
modelam ternas figuras
na brutidão dos calcários.
Ali, no esconso recanto,
só o túmulo, e mais nada,
suspenso no roxo pranto
de uma fresta geminada.
Mas no silêncio da nave,
como um cinzel que batuca,
soa sempre um truca…truca…
lento, pausado, suave,
truca, truca, truca, truca,
sob a abóbada romântica,
como um cinzel que batuca
numa insistência satânica:
truca, truca, truca, truca,
truca, truca, truca, truca.
Álvaro Góis,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede,
ambos vivos ali estão,
truca, truca, truca, truca,
vestidos de surrobeco
e acocorados no chão,
truca, truca, truca, truca.
No friso, largo de um palmo,
que dá volta a toda a arca,
um Cristo, de gesto calmo,
assiste ao chegar da barca.
Homens de vária feição,
barrigudos e contentes,
mostram, no riso dos dentes,
o gozo da salvação.
Anjinhos de longas vestes,
e cabelo aos caracóis,
tocam pífaros celestes,
entre cometas e sóis.
Mulheres e homens, sem paz,
esgazeados de remorsos,
desistem de fazer esforços,
entregam-se a Satanás.
Fixando a pedra, mirando-a,
quanto mais o olhar se educa,
mais se entende o truca…truca…
que enche a nave, transbordando-a,
truca, truca, truca, truca,
truca, truca, truca, truca.
No desmedido caixão,
grande senhor ali jaz.
Pupilo de Satanás?
Alma pura de eleição?
Dom Afonso ou Dom João?
Para o caso tanto faz.
in Teatro do Mundo (1958) - António Gedeão
Álvaro Góis,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede,
pedreiros de profissão,
de sombrias cataduras
como bisontes lendários,
modelam ternas figuras
na brutidão dos calcários.
Ali, no esconso recanto,
só o túmulo, e mais nada,
suspenso no roxo pranto
de uma fresta geminada.
Mas no silêncio da nave,
como um cinzel que batuca,
soa sempre um truca…truca…
lento, pausado, suave,
truca, truca, truca, truca,
sob a abóbada romântica,
como um cinzel que batuca
numa insistência satânica:
truca, truca, truca, truca,
truca, truca, truca, truca.
Álvaro Góis,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede,
ambos vivos ali estão,
truca, truca, truca, truca,
vestidos de surrobeco
e acocorados no chão,
truca, truca, truca, truca.
No friso, largo de um palmo,
que dá volta a toda a arca,
um Cristo, de gesto calmo,
assiste ao chegar da barca.
Homens de vária feição,
barrigudos e contentes,
mostram, no riso dos dentes,
o gozo da salvação.
Anjinhos de longas vestes,
e cabelo aos caracóis,
tocam pífaros celestes,
entre cometas e sóis.
Mulheres e homens, sem paz,
esgazeados de remorsos,
desistem de fazer esforços,
entregam-se a Satanás.
Fixando a pedra, mirando-a,
quanto mais o olhar se educa,
mais se entende o truca…truca…
que enche a nave, transbordando-a,
truca, truca, truca, truca,
truca, truca, truca, truca.
No desmedido caixão,
grande senhor ali jaz.
Pupilo de Satanás?
Alma pura de eleição?
Dom Afonso ou Dom João?
Para o caso tanto faz.
in Teatro do Mundo (1958) - António Gedeão
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (VIII)
Poema da Auto-estrada
Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta.
Vai na brasa, de lambreta.
Leva calções de pirata,
vermelho de alizarina,
modelando a coxa fina,
de impaciente nervura.
como guache lustroso,
amarelo de idantreno,
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.
Fuge, fuge, Leonoreta:
Vai na brasa, de lambreta.
Agarrada ao companheiro
na volúpia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio não é com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pela cintura.
Vai ditosa e bem segura.
Com um rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que se enterra.
Tudo foge à sua volta,
o céu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta,
lembra um demónio com asas.
Na confusão dos sentidos
já nem percebe Leonor
se o que lhe chega aos ouvidos
são ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.
Fuge, fuge, Leonoreta
Vai na brasa, de lambreta.
in Máquina de Fogo (1961) - António Gedeão
Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta.
Vai na brasa, de lambreta.
Leva calções de pirata,
vermelho de alizarina,
modelando a coxa fina,
de impaciente nervura.
como guache lustroso,
amarelo de idantreno,
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.
Fuge, fuge, Leonoreta:
Vai na brasa, de lambreta.
Agarrada ao companheiro
na volúpia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio não é com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pela cintura.
Vai ditosa e bem segura.
Com um rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que se enterra.
Tudo foge à sua volta,
o céu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta,
lembra um demónio com asas.
Na confusão dos sentidos
já nem percebe Leonor
se o que lhe chega aos ouvidos
são ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.
Fuge, fuge, Leonoreta
Vai na brasa, de lambreta.
in Máquina de Fogo (1961) - António Gedeão
NOTA: com o seu habitual humor e ironia, António Gedeão retoma o poema e a personagem de Camões, imprimindo-lhe um modernismo curioso:
Descalça vai para a fonte
Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.
Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.
Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.
Luís Vaz de Camões
O cantautor Fausto Bordalo Dias, nosso conterrâneo, faz hoje 63 anos!
(imagem daqui)
Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias O L (Vila Franca das Naves, 26 de Novembro de 1948) é um compositor e cantor português.
Tendo nascido em Vila Franca das Naves, onde sua mãe era professora primária, embarcou ainda bebé no navio Pátria, que navegava entre Portugal e Angola. Foi naquela ex-colónia portuguesa que formou a sua primeira banda, Os Rebeldes. Veio para Lisboa com vinte anos, onde se licenciou em Ciências Políticas e Sociais, no então Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Estudava ainda quando lançou o primeiro álbum, Fausto. No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2005 (dez de originais, uma colectânea regravada e um disco ao vivo), é presentemente um dos mais importantes nomes da música portuguesa, e da música popular em particular. A sua obra tem sido revisitada por nomes como Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Teresa Salgueiro, Cristina Branco e Ana Moura.
in Wikipédia
Fausto - A tua presença
Eu já nada sinto
e afinal
eu gosto de não sentir nada
sozinho na calma das horas passadas
tão só numa outra quietude
num sossego tão so´ sossegado
e esquecido
eu me esqueça de mim
aos bocados
adormece-me um sono dormente
que aos poucos se apaga
um sonho qualquer
mas não me acordes
não mexas
não me embales sequer
eu quero estar mesmo como eu estou
quietamente
ausente
assim
a viagem que eu não vou
nunca chega até ao fim
é longe
longe
tão longe
que de repente tu chegas
tu brilhas e luzes
na cor das laranjas
tu coras e tinges
a mancha da marca
na alma da luz
da sombra que finges
e tu já não me largas
saudade
tu queres-me tanto
e se eu lembro
tu mexes comigo
tu andas cá dentro
à volta do meu coração
no meu pensamento
também
e por mais que eu não queira
tu queres-me bem
e desdobras os mundos em cores
e levas-me pela tua mão
cativando o meu corpo
a minha alma
a razão
só a tua presença
é que me inquieta
aquela outra ausência
dói
como um passado projecta
aquele futuro que se foi
p´ra longe
longe
tão longe
que nunca se acaba
esta inquietação
se evitas momentos
já quase finais
e ficas comigo
ainda e sempre
um pouco mais
tu nunca me deixas
saudade
tu nunca me deixas
in Crónicas da terra ardente (1994)
sexta-feira, novembro 25, 2011
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (VII)
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (VI)
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (V)
Kátia Guerreiro - Poema da malta das naus
Poema da malta das naus
Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do sol.
Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo.
Pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.
Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das praias,
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.
Chamusquei o pêlo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me as gengivas,
apodreci de escorbuto.
Com a mão direita benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
outras mil me levantei.
Meu riso de dentes podres
ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
rompi as arcas e os odres.
Tremi no escuro da selva,
alambique de suores.
Estendi na areia e na relva
mulheres de todas as cores.
Moldei as chaves do mundo
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
Do sonho, esse, fui eu.
O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.
in Teatro do Mundo (1958) - António Gedeão
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (IV)
(imagem daqui)
O último Alquimista
Era uma vez um Cientista com alma de Poeta.
Era um Senhor (muito sério) com uma vontade juvenil de escrever.
Era um Professor (um Mestre) que era trocista sem saber.
Era um Anarquista com regras e vontades...
Obrigado, Rómulo, por teres sido outro pai fundador,
agora do saber científico que não te merecia,
escritor de manuais escolares e livros científicos,
que o meu avó e o meu pai e eu (e um dia meu filho) leram.
Saciaste a nosso sede de saber e tudo fizeste para combater a ignorância.
Mas, acima de tudo, António, é a ti que estamos mais agradecidos.
A tua Poesia, clara e científica mas bela e que chegava ao coração,
fez mais por nós do que tu podias pensar.
A tua Poesia é bela como a Física (e a Química, e a Astronomia, e a Biologia...).
Escreveste como um Pintor renascentista pintaria este Mundo.
O teu sarcasmo tudo mostrava, singelo e único, sem artifícios.
E, sendo quem eras, soubeste partilhar connosco as tuas Letras.
Obrigado Rómulo.
Obrigado António...
Pedro Luna (poema inédito)
quinta-feira, novembro 24, 2011
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (III)
Dia Nacional da Cultura Científica
Artigo sobre Rómulo de Carvalho saído no "Diário de Aveiro" de uma professora do secundário que está a fazer doutoramento sobre a obra de divulgação de Rómulo:
Hoje é dia 24 de Novembro, Dia Nacional da Cultura Científica, em homenagem a Rómulo de Carvalho: professor, metodólogo, investigador, e autor de manuais escolares, de livros de divulgação científica e de poesia, estes últimos sob o pseudónimo de António Gedeão.
Em 1996, Mariano Gago, o então Ministro da Ciência e da Tecnologia e admirador da obra de Rómulo de Carvalho que completava 90 anos, propôs uma homenagem nacional ao talentoso professor. Mariano Gago já havia prefaciado, em 1992, o livro “A Física no dia-a-dia”, onde dá conta do valor de Rómulo de Carvalho, mas considerou que era oportuna a iniciativa de uma homenagem maior. Na notícia do jornal “Público” de 24 de Novembro de 1996, propôs que aquele dia do ano se tornasse Dia da Cultura Científica. Esse dia devia ser «momento privilegiado, todos os anos, de balanço, de reflexão e de acção sobre o papel do conhecimento no nosso futuro».
Rómulo de Carvalho publicou cerca de cem obras, desde livros sobre a história da ciência aos seus cadernos de divulgação científica, não esquecendo os manuais escolares, ainda na memória de muitos como os “cadernos do Pedrito” (modo carinhoso de referir os seus livros de Ciências da Natureza) ou os compêndios de Física do ensino secundário.
Publicou dois livros de divulgação de ciência em três números da colecção “Biblioteca Cosmos”, dirigida por Bento de Jesus Caraça, que foi um marco da divulgação de ciência nos anos 40. Foi mentor e autor da coleção “Ciência para Gente Nova”, onde publicou oito dos nove livros dessa coleção. Tratam de histórias de ciência ou de desenvolvimentos tecnológicos: o do telefone, da fotografia, dos balões, da eletricidade estática, do átomo, da radioatividade, dos isótopos e da energia nuclear. Alguns desses títulos chegaram à terceira edição. A “História dos Balões”, conheceu mesmo uma quarta edição nos anos 90.
Rómulo de Carvalho procurou dirigir-se em «Física para o Povo», não a uma elite instruída ou interessada em ciência mas a toda a gente. Publicou esse livro «com a intenção de promover a cultura popular», como ele próprio escreve nas suas «Memórias». A reedição, em 1995, saiu com o novo título de “A Física no dia-a-dia” por decisão de Rómulo de Carvalho que escreve «…não me pareceu bem aquela referência ao povo depois do 25 de Abril.».
Um dos vários trabalhos, com o objetivo de promover a ciência e o conhecimento científico e tecnológico, que Rómulo de Carvalho abraçou após a sua aposentação foram os 18 "Cadernos de Iniciação Científica", onde recorreu a uma linguagem atraente no discurso e na imagem. O valor destes cadernos justifica que eles tenham sido reunidos num só volume, em 2004, com a chancela da Relógio D’Água. Nesse volume encontra-se uma abordagem científica de temas basilares da ciência como os constituintes da matéria, a energia, ondas e corpúsculos, magnetismo e eletromagnetismo.
Helena Aires Rodrigues, Professora de Física e Química na Escola Secundária de D. Duarte – Coimbra e Doutoranda em Ensino das Ciências – ramo de Física.
via Blog De Rerum Natura
quarta-feira, novembro 23, 2011
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (II)
Do álbum Cantaremos, de Adriano Correia Oliveira, publicado em 1970, pomos aqui a versão musicada do célebre poema "Lágrima de Preta:"
Lágrima de Preta
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
in Máquina de fogo (1961) - António Gedeão
segunda-feira, novembro 21, 2011
Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line
À semelhança de anos anteriores, alguns blogues (v.g. Geopedrados, Ciências Correia Mateus, GeoLeiria, AstroLeiria, XadrezLeiria, Vila Franca das Naves, Escabralhado, 7º A, 7º B, 7º C, 9ºE e 9º F da Escola Correia Mateus) vão celebrar a Semana da Ciência e da Tecnologia de 2011, que recorda o nascimento do professor, cientista e pedagogo Rómulo de Carvalho, que, sob o pseudónimo de António Gedeão, escreveu alguma da melhor poesia do século XX. A data do seu nascimento (24 de novembro de 1906) corresponde ao Dia Nacional da Cultura Científica, para recordar que os saberes são interdisciplinares e que tudo tem ligação, sendo todas as áreas importantes e que os homens da Ciência precisam das Letras e da Poesia e vice-versa.
(imagem daqui)
sábado, outubro 08, 2011
Dracónidas, a Lua, Júpiter e Neptuno do Dia Internacional de Observação da Lua
Mapa das Dracónidas
Dia 8 de Outubro é o Dia Internacional de Observação da Lua (International Observe the Moon Night).
A equipa que coordena este evento a nível mundial é constituída por
cientistas, educadores, organizações não governamentais, etc. O evento
pretende usar o fascínio da Lua para motivar o interesse e despertar
curiosidade dos participantes acerca do nosso satélite.
Em 2011, a data escolhida para este evento será coroada por outro
fenómeno celeste, as dracónidas. Essa chuva de estrelas decorre todos os
anos nesta mesma época. Alguns estudos publicados antevêem que a Terra
se cruzará com alguns rastos de poeiras produzidos pelo cometa
21P/Giacobini–Zinner durante as suas passagens no final do século XIX e
princípios do século XX e ao que tudo indica, em 2011, o fenómeno será
mais pronunciado.
O número preciso de meteoros que poderá ser observado é muito incerto,
mas as estimativas mais modestas apontam para 1 a 10 meteoros por
minuto. Infelizmente, devido ao brilho da Lua cheia e da poluição
luminosa, apenas 5 a 20% daquele número de meteoros será visível a
partir das nossas cidades, o que significa que não devemos esperar
observar mais do que um meteoro por minuto.
O máximo da actividade das dracónidas é esperado para o dia 8 de Outubro
entre as 16.00 e as 21.00 horas (Tempo Universal - UTC), 17.00 e 22.00,
hora de Portugal continental e arquipélago da Madeira. As previsões
sugerem um pico de meteoros pouco brilhantes cerca das 21h00 (±30m) hora
de Portugal continental e arquipélago da Madeira, causado pelas poeiras
do cometa nas passagens de 1900 e 1907.
A Terra já se cruzou previamente com estes rastos de poeiras em 1933 e
em 1946, tendo sido produzidas fortes "chuvas" de meteoros em ambas as
datas. Existe também a possibilidade de ocorrerem alguns picos mais
cedo, entre as 16.00 e as 19.00 horas UTC, que não serão visíveis em
Portugal.
in Portal do Astrónomo (via blog AstroLeiria)
quinta-feira, setembro 22, 2011
Workshop de Macrofotografia no Centro de Interpretação da Cogula
Workshop de Macrofotografia
Centro de Interpretação da Cogula
24 e 25 de setembro de 2011(sábado e domingo)
Preço: 55€
Sábado das 09.30 às 17.30 horas
Domingo das 08.00 às 17.00 horas
Concepção e orientação: Pedro Martins
MACROFOTOGRAFIA
Este é o termo que, frequentemente, vemos associado à fotografia realizada a uma curta distância do objecto, na natureza podem ser borboletas, libélulas, aranhas, flores e até umas pequeninas gotas de orvalho penduradas numa teia, todo este mundo do microcosmos, que está bem debaixo dos nosso pés, que nos obriga a estarmais atentos e a ficar ao nível do solo à espreita deste mundo quase invisível...
Esta fotografia é um constante desafio á nossa criatividade e paciência, por isso é tão estimulante na busca de resultados melhores. Vamos apreender algumas das técnicas para conseguir a tão ambicionada imagem em pleno Parque Natural da Serra da Estrela. Venha conhecer mais e aprender como se faz macrofotografia!
Material fotográfico aconselhado:
Máquina fotográfica, lente macro ou tubos de extensão e objectiva média, tripé e flash
Destinatários
Qualquer pessoa que goste de fotografia e pretenda aprofundar os aspectos criativos, independentemente das temáticas preferidas e do tipo de equipamento que possua.
Temáticas
- O que é a Macrofotografia?
- Conhecer o equipamento
- Técnicas de Macrofotografia
- Paralelismo
- A Luz Natural
- O uso do Flash
- No Campo
- No Estúdio
- Fundos e Distância focal
- O que fotografar?
- Notas de Aprendizagem
Programa
Sábado
09.30 - Inicio do Workshop
O que é a Macrofotografia?
Conhecer o equipamento
Técnicas de Macrofotografia
12.30 - Almoço Livre
14.00h - Inicio do Workshop
Paralelismo
A Luz Natural
O uso do Flash
No Campo
No Estúdio
Fundos e Distância focal
O que fotografar?
Notas de Aprendizagem
16.00h: Componente prática
17.30 - Fim
Domingo
08.00 - Componente prática
12.30 - Almoço livre
14.00 - Componente prática: macrofotografia em estúdio
Preenchimento dos questionários de avaliação
17.00 - Fim do Workshop
Inscrições: cicogula@gmail.com ou 271 805 206 (retirado daqui)
Acordo ortográfico (herrar é umano)
(imagem daqui)
É com tristeza que informamos que, a partir deste post, este blog vai aderir à nova forma de escrever português, vulgo o Acordo Ortográfico de 1990.
Vai-nos custar um pouco, vamos dar erros, mas, é um fa(c)to, a profissão de professor, que a maioria dos bloggers que aqui escreve tem, assim nos obriga.
terça-feira, julho 19, 2011
quinta-feira, junho 02, 2011
quarta-feira, maio 18, 2011
terça-feira, abril 12, 2011
Reportagem Interior TV - II Passeio BTT de Vila Franca das Naves
Poucos mas bons...
Um passeio fantástico, certamente para repetir em 2012.
Um passeio fantástico, certamente para repetir em 2012.
sábado, março 19, 2011
A Lua Cheia (só) um bocadinho maior...
Astronomia
Lua cheia de sábado à noite vai ser a maior dos últimos 18 anos
A Lua vais estar 30 por cento mais brilhante
A Lua cheia de sábado à noite vai estar especialmente grande. Tão grande que se pode chamar de uma super Lua. Uma conjugação de acontecimentos astronómicos, que não ocorriam desde Março de 1993, vão proporcionar uma Lua 14 por cento maior e 30 por cento mais brilhante.
“A última Lua cheia tão grande e próxima da Terra foi em Março de 1993”, disse à NASA Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos, em Washington DC. “Eu diria que vale a pena dar uma olhadela.”
A explicação para este fenómeno deve-se à órbita da Lua à volta da Terra. Este movimento é elíptico. Ao longo desta órbita o satélite não está sempre à mesma distância do nosso planeta.
Em média, quando a Lua está mais próxima da Terra está a cerca de 363 mil quilómetros. Este ponto chama-se perigeu. Quando está mais longe, está a cerca de 405 mil quilómetros, o apogeu da Lua. No perigeu, o astro está mais próximo de nós cerca de 42 mil quilómetros. Visto da Terra parece 14 por cento maior.
A Lua completa a sua órbita mais ou menos a cada mês. Amanhã a Lua vai estar no seu perigeu ao mesmo tempo que é Lua cheia. O que é raro, acontece uma vez em cada 18 anos. A distância exacta da Terra à Lua durante a madrugada de domingo será de apenas 356 mil quilómetros.
A única consequência desta aproximação vai ser um aumento de centímetros das marés cheias e uma diminuição de alguns centímetros durante as marés baixas. Não há mais nenhum risco acrescido.
A NASA recomenda as pessoas a olharem para o astro durante o nascer da Lua. Por motivos que ainda não são totalmente compreendidos pelos astrónomos, mas que envolvem algum tipo de ilusão visual, durante o nascimento a Lua parece especialmente maior.
Amanhã, em Portugal continental, o satélite vai nascer às 18h52, cerca de 40 minutos depois de ter atingido a Lua cheia. Vai pôr-se na madrugada de domingo, às 6h39.
Nota: a diferença é tão pouca quem não se vai notar NADA...
domingo, março 13, 2011
Dia Nacional do Dador de Sangue - Vila Franca das Naves
COMEMORAÇÃO DO DIA NACIONAL DO DADOR DE SANGUE
EM
VILA FRANCA NAVES
DIA 27 DE MARÇO DE 2011 (Domingo)
13.30 - RECEPÇÃO DOS CONVIDADOS
15.00 - Missa em Homenagem a todos os Dadores de Sangue, presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Bispo da Guarda.
16.30 - Sessão Solene, no Centro Cultural de Vila Franca das Naves, com a presença das mais altas individualidades da região, com:
- Grupo de Concertinas Penedo da Vila - Póvoa do Concelho
- Entrega de certificados aos Dadores de Sangue com 10 ou 20 dádivas;
- Actuação das “Pedrinhas da Calçada”.
19.00 – Jantar de convívio no Restaurante “Condesso”.*
* Estão abertas as inscrições pelo telemóvel 922 059 594 e Telefone/Fax 271 881 050, até ao dia 21/03/2011
NOTA: PRESENÇA DA UNIDADE MÓVEL DE RECOLHA DE SANGUE
APOIOS: JUNTAS DE FREGUESIAS DO CONCELHO DE TRANCOSO
sexta-feira, março 11, 2011
Mais fotos do Carnaval de 2011 (parte 7)
Recebido dos amigos Lina e Luís, a quem agradecemos as fotos e o resumo de informação das mesmas:
Carros/Grupos Participantes:
- A velhinha Máquina do Comboio
- Grupos de Vila Franca das Naves - 12 (quase todos com carros)
- Alverca da Beira - 1 carro
- Granja - 1 carro
- Velosa - Grupo de foliões
- Grupo de Animadores da Cogula
- Os Bombos do Baraçal
- Concertinas da Povoa do Concelho
- Concertinas de Reboleiro
- Bombos de Rio de Mel
- Bombos do Carapito
- Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Mêda
- Grupos de Animação da Guarda
- Pifaradas da Covilhã
- Concertinas de Monte Gordo
- Alfandega da Fé - 5 charretes
- Muitos Foliões informais locais e não só
Todos estes grupos e seus figurantes, com o S. Pedro a ajudar, proporcionaram grandes momentos de "farra e alegria" a quem assistiu, através de "refinada sátira politico social"!O início deste corso foi no Bairro das Flores pelas 15.00 horas, desfilando pelas avenidas principais da Vila. O nosso Carnaval acabou com o "Enterro do Entrudo" no largo do Mercado, ao qual se seguiu um espectáculo de Concertinas à Desgarrada. Pela noite houve o Baile de Máscaras.
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