É ainda de salientar que esta professora primária, que depois foi com a família para Angola (onde cresceu o Fausto, que para o ano fará 60 anos...) foi bastante amiga de uma vila-franca-navense minha familiar, Maria dos Prazeres Vaz Oliveira e que a sua família manteve por longo período contacto com essa minha tia-avó, mesmo depois da professora Alice ter falecido (ainda em Angola). Curioso é ainda o facto de que foi esta mesma professora que presidiu ao Júri do Exame da 4ª Classe da minha mãe, em Trancoso, provavelmente em Julho de 1948, estando nessa altura grávida de um rapaz que se viria chamar Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias - o nosso cantautor Fausto...
Situada em ponto estratégico da Beira Alta, Vila Franca das Naves é uma terra hospitaleira, com indústria, comércio, serviços, restauração, escolas e actividades agrícolas... Elevada a Vila em 9 de Dezembro de 2004, com cerca de 1400 habitantes, é um ponto de visita obrigatório na região. Venha conhecer a nossa terra!
quarta-feira, outubro 31, 2007
Almoço de ex-alunos de professora dos anos 40
É ainda de salientar que esta professora primária, que depois foi com a família para Angola (onde cresceu o Fausto, que para o ano fará 60 anos...) foi bastante amiga de uma vila-franca-navense minha familiar, Maria dos Prazeres Vaz Oliveira e que a sua família manteve por longo período contacto com essa minha tia-avó, mesmo depois da professora Alice ter falecido (ainda em Angola). Curioso é ainda o facto de que foi esta mesma professora que presidiu ao Júri do Exame da 4ª Classe da minha mãe, em Trancoso, provavelmente em Julho de 1948, estando nessa altura grávida de um rapaz que se viria chamar Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias - o nosso cantautor Fausto...
domingo, outubro 28, 2007
Inauguração das bancadas do Estádio do Picoto
Mais uma vez contamos com a presença do Dr. Júlio Sarmento, assim como um representante da Associação de Futebol da Guarda.
No evento foi realizado o I Torneio Triangular Miguel Madeira, que serviu para a apresentação da equipa sénior de Vila Franca das Naves e contou com a participação das equipas de Celorico da Beira e de Pala.
O 1.º classificado foi Celorico da Beira, em 2.º ficou Vila Franca das Naves e em 3.º a equipa de Pala.
No próximo post serão colocadas outras fotografias (que foram enviadas pela nossa Presidente da Junta e feitas pelo marido).
terça-feira, outubro 23, 2007
Inauguração das Piscinas
Nos próximos posts iremos colocar mais algumas fotos que nos foram enviadas pela nossa amiga Lina, à qual agradecemos a disponibilidade (e a do marido, que tira fotos de tão elevada qualidade).
terça-feira, outubro 16, 2007
Adriano - 25 anos de saudade
É ainda de salientar que o nosso conterrâneo, o cantautor Fausto, teve o privilégio de colaborar com ele, nomeadamente no LP Que nunca mais, de 1975, em que fez a direcção musical.
Adeus Adriano...!
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domingo, outubro 14, 2007
Fotos da Geminação
Geminação com Breuil-Le-Sec
Dia 5 de Outubro de 2007, Vila Franca das Naves e Breuil-Le-Sec assinaram uma carta de amizade, cerimónia esta de geminação entre as duas localidades.
Este processo iniciou-se com uma ideia de um concidadão de Vila Franca das Naves, residente em Breuil-Le-Sec, o Sr. Jorge Pena.
No dia 31 de Março, uma comitiva composta pelo Presidente da Assembleia de Freguesia, pelo Tesoureiro da Freguesia e um membro da Assembleia, três Alunos e dois Professores, deslocou-se a Breuil-Le-Sec onde foi replantada uma oliveira levada daqui, árvore simbolizando a paz, sabedoria e abundância.
Dia 5 de Outubro, o processo concluiu-se com a assinatura do protocolo.
Estiveram presentes pela comitiva francesa, o Maire de Breuil-Le-Sec o Sr. Armand Lefeuvre; o Sr. Jorge Pena e esposa, o Sr. Comandante da Gendarmerie de Liancourt, Eric Loy (que engloba a zona de Breuil-Le-Sec) e esposa, três pais/tutores e 8 alunos do Collège Jacques Yves Cousteau.
Os objectivos desta iniciativa passam por:
- Prossseguir e aprofundar os intercâmbios já existentes;
- Promover encontros entre os cidadãos destas Vilas e incentivá-los no quadro das possibilidades existentes;
- Favorecer particularmente, contactos entre jovens, bem como entre associações e/ou grupos político-sociais.
Nos posts seguintes iremos colocar o programa e as fotos deste evento.
sábado, outubro 13, 2007
Mapa inter-activo
- as opções Map (mapa), Sat (Satellite - fotografia área) e Hyb (Hybride - fotografia área com alguns aspectos marcados);
- a Escala (entre o + e -);
- a mudança da área visível (usar as setas ou o rato do PC - que aparece com aspecto de mão dentro do mapa - para mudar de localização visível).
View Larger Map
quinta-feira, outubro 04, 2007
Sputnik - 50 anos...!
Sputnik, o satélite politicamente incorrecto
Faz amanhã (HOJE) 50 anos que «arrancou» a conquista do espaço
Por Nuno Crato *
Tinha eu cinco anos quando ouvi um nome novo e curioso: «Sputnik». Não me lembro desse momento, porque de pouco ou nada me lembro dessa altura, mas sei que anos depois a palavra mágica continuava a ser ouvida. E as conversas eram estranhas. O meu pai explicara-me que se tratava de um satélite artificial da Terra. O primeiro. E que tinha sido lançado pela União Soviética, uma país distante e misterioso que se identificava com «a Rússia», aquele lugar de que se falava a propósito de uma estação de rádio que era proibido escutar, dos pastorinhos de Fátima e de muitas outras coisas. Sabia-se, por exemplo, que Salazar não gostava da Rússia e, por isso, ao falar do Sputnik falava-se mais baixo e olhava-se à volta. Para mim, que era muito miúdo, era tudo um jogo misterioso.
Falava-se também de um professor universitário português que tinha dito que o Sputnik não existia, que era uma arma de propaganda comunista, pois era cientificamente impossível haver um satélite artificial da Terra. De repente, deixou de se falar desse professor universitário, pois os Estados Unidos tinham também colocado um satélite no espaço.
Anos mais tarde, muitos anos mais tarde, tentei reconstituir o que se passara. Ao que parece, o professor universitário não era um, mas sim dois: um em Lisboa e outro no Porto. Este último foi durante muitos anos alvo de chacota por parte dos seus alunos. O primeiro penso que também. Nunca consegui, no entanto, esclarecer completamente o que se passara. As lendas abundam, mas nomes concretos, declarações, registos, documentos, tudo isso falta.
E gostaria de esclarecer o que se passara pois creio que o episódio foi revelador e sintomático. Face aos progressos científicos de outros países respondia-se com desdém. E o desdém não era só dirigido «à Rússia». Era dirigido também aos Estados Unidos da América, país pelo qual Salazar nunca morreu de amores. Só alguns anos mais tarde percebi por que os progressos científicos dos norte-americanos eram também desdenhados.
Foi preciso passarem 12 anos. Lembro-me de ter visto na televisão imagens confusas de algo muito mais arrojado do que um satélite. Estava na praia do Baleal e a televisão existia no nosso país há poucos anos. Pouca gente a tinha. O aparelho onde vi as imagens estava num café cheio de gente. Tão cheio que era difícil aproximar-mo-nos do écran. Lembro-me que os meus pais estavam em Lisboa nesse dia. Como não tinham televisão, foram à Baixa, onde havia aparelhos a funcionar nas vitrines das lojas. Foi daí que viram as mesmas imagens que eu estava a ver. Imagens trémulas, pois tinham viajado 384 milhares de quilómetros. Era 20 de Julho de 1969. As imagens mostravam Neil Armstrong a pisar o solo da Lua.
Lembro-me de amigos dos meus pais acharem toda essa curiosidade e todo esse entusiasmo despropositados. Afinal, quem tinha aparecido na televisão eram americanos. Só teriam ido à Lua por dinheiro e despeito. Os russos tinham estado sempre à frente na corrida ao espaço, diziam, e os norte-americanos apenas tinham conseguido sucessos na fase final...
Nunca percebi muito bem como era possível que pessoas inteligentes pudessem rejeitar avanços científicos e tecnológicos. Como era possível haver professores universitários que escondessem a cabeça na areia dizendo que o Sputnik não existia?! E como era possível não se estar emocionado com a chegada do homem à Lua?! É de facto estranho, mas revela uma atitude que persiste. Ainda há poucos anos se ouviram intelectuais portugueses a protestar com a exploração de Marte.
Vou prosseguir a minha história. Passados outros tantos anos, fui estudar para os Estados Unidos, país que na altura não me fascinava especialmente, mas de onde regressei, quase 15 anos depois, completamente seduzido. Aí percebi o que se tinha passado depois do Sputnik. Ao contrário de esquecer a sua existência, os norte-americanos reagiram sacudindo a fundo a sociedade.
Em todo o lado se pensara em mudança. Começando no ensino. Reviram-se os programas, criaram-se escolas de elite, estreitaram-se as relações entre o ensino superior e o pré-universitário, estimularam-se programas de investigação. Preparou-se uma nova geração para a ciência. O Sputnik de 1957 criou ondas de choque que se propagaram até ao sucesso do programa Apolo de 1969.
No meio disto há um pequeno facto histórico pouco notado. O Sputnik russo foi lançado em Outubro de 1957. O primeiro satélite norte-americano foi colocado no espaço em Janeiro de 1958. Três meses mais tarde. Apenas três meses. Isso explica por que razão os críticos portugueses do Sputnik se calaram. E leva a pensar nas origens da «onda de choque» que se propagou pelos Estados Unidos. O «efeito Sputnik» foi consciente. Havia a vontade de mudar, e o satélite russo não foi mais que o pretexto.
Apesar de mudanças brutais e de progressos imensos desde o Portugal salazarista de 1957, vivemos hoje uma situação que tem alguns paralelos com a dessa época. Continuam a existir responsáveis políticos que pouco se preocupam com o nosso atraso científico. E continuam a existir académicos que o negam ou subestimam.
É certo que existem hoje muitos jovens cientistas que se destacam no panorama internacional e que orgulham o país. É certo que começam a aparecer nomes portugueses citados na imprensa internacional. É certo que se podem hoje ler nomes de universidades e institutos de investigação nacionais em artigos na Science, na Nature ou noutras revistas internacionais onde a nossa presença era, ainda há pouco, praticamente inexistente. O facto orgulha-nos, mas, tal como o Sputnik, pode levar-nos a duas atitudes opostas. E a realidade é que a ciência portuguesa continua numa situação de atraso relativo entristecedora. Tudo o que dissemos sobre os nossos progressos podem muitos países semelhantes ao nosso, em dimensão, desenvolvimento, cultura e produto económico, dizê-lo com cem vezes mais propriedade. Há ainda muito a fazer. Muitíssimo. Aprendemos alguma coisa com o Sputnik?
*Professor de Matemática e Estatística no Instituto Superior de Economia e Gestão, Lisboa, actual Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática.
Este texto foi extraído e ligeiramente adaptado (pelo próprio autor) de «Ciência em Portugal: os próximos 30 anos» publicado na colectânea 25 de Abril: Os Desafios para Portugal nos Próximos 30 Anos, Presidência do Conselho de Ministros, Comissão das Comemoração dos 30 Anos do 25 de Abril, Lisboa 2004
in Ciência Hoje - ver notícia
terça-feira, outubro 02, 2007
Lançamento de Livro de Santos Costa
Segundo o autor, o livro tem uma função de lazer e pode ser lido a partir dos seis anos de idade.
Agradecemos mais uma obra deste autor, entre as largas dezenas de obras já publicadas, algumas relacionadas com o Concelho de Trancoso.