segunda-feira, dezembro 25, 2006

Boas Festas...!

Que os nossos leitores, nossos bloggers e aparentados tenham um Bom Natal e Próspero Ano Novo, são os nossos votos...!

terça-feira, dezembro 19, 2006

Pedido de ajuda genealógico - II

Para o pedido de ajuda recebemos várias contribuições, que o Sr. Bernardo agradeceu e que nos autorizou a publicar:


1. E-mail
Contacte Talho Figueiredo, com o telefone 271886765, e terá notícias do falecido senhor Manuel Leal, por parte da mãe de Vitor Figueiredo,D. Teresinha.


Um abraço


Leonel Cruz


2. Comentário no Blog

Fernando:

Estou escrevendo para lhe enviar os meus parabéns, por todas as informações que nos são passadas pelo seu blog. Gosto muito de saber tudo o que aí se passa. Acho que sei mais o que se passa aí, do que os proprios habitantes (a maioria deles, já idosos, não tem acesso à internet). Vendo o caso desse menino: Bernardo Videira; comentando com minha mãe, ela logo se lembrou de Manuel Leal. Assim como ela,muitos se lembrarão, até mesmo seu pai e meus primos aí de Vila Franca.É só uma questão de se comunicarem e tudo virá à tona .Desejo tudo de bom à todos e muito obrigado por tudo o que nos passa. Saudades.
Guida, aqui de São Paulo, Brasil.


3. Carta manuscrita
Caro Senhor Bernardo Vieira:

Como nasci em Vila Franca das Naves em 1934, eu conheci o pai da sua avó (Manuel Leal) e 4 filhos, que eram:

- Dino (será que se chama Bernardo ou Bernardino por causa desse seu tio-avô…?), que emigrou para o Brasil e, consta-me, morreu relativamente novo;

- Odete Leal, solteira, professora primária, residente em Coimbra, falecida já depois de 2000;

- Fernanda Leal, também professora primária, falecida (talvez nos anos 80) casada com um importante industrial da venda de carros da Guarda (firma Matos e Prata), que me consta ter deixado 2 filhas;

- a Mariazinha (seria a sua avó…?), quase da minha idade, que me consta se terá formado na Universidade de Lisboa, onde me constou que vivia até há pouco tempo.

O seu bisavô era, na verdade, um grande comerciante, na área das madeiras e após um incêndio no armazém de madeiras (embora tendo o material segurado) optou por ir viver para a Guarda (embora mantendo o negócio em Vila Franca das Naves, com um bom gerente), tendo criado o mais famoso Café da Guarda, o Monteneve. Assim reconstruiu o armazém, manteve alguns empregados e ia lá regularmente. Eu já não conheci a esposa, D.ª Maria de Lurdes Braga, pois até fui várias vezes à sua casa (que ainda existe) com uma irmã mais velha, que era muito amiga da D.ª Odete. Recordo-me de era uma casa já com casa de banho, a única com essa modernidade na altura na nossa terra, o que muito me admirou.

O seu bisavô era um homem de ter vários negócios e várias mulheres (e, como percebeu, vários filhos, incluindo ilegítimos, sendo alguns não reconhecidos pelo pai…). Uma das suas filhas, de Maria da Piedade Santos, não reconhecida (não perfilhada) que ainda vive em Vila Franca das Naves, chama-se Aida (que era ajudada por algumas meias-irmãs…).

Antes do nascimento da sua avó e dos seus três irmãos, o seu pai tinha tido duas filhas, a primeira das quais (da qual não me lembro o nome) casou com Abílio Amado, da qual descende o Professor Doutor (de Direito) Leal Amado, da Universidade de Coimbra. Este Abílio Amado comprou a casa ao seu bisavô, estando hoje na posse de uma das melhores famílias da terra. Depois esse mesmo Abílio Amado veio para Coimbra, onde teve uma das melhores retrosarias da cidade. Tinha uma filha e um filho da minha idade (que faleceu em 2005), pai do Professor Doutor Leal Amado. A filha não sei se vivia em Coimbra ou em Lisboa. A outra filha do seu bisavô, da primeira mulher (a 2ª, antes da sua avó e dos seus 3 irmãos), vivia na Guarda (não sei se já faleceu) e era muito amiga da meia-irmã ilegítima, Aida, que ainda reside em Vila Franca das Naves.

Mais tarde, depois dos anos 50, esteve num Hotel nas Termas de S. Pedro do Sul, onde se juntou com uma empregada e da qual teve dois filhos, um chamado Luís, vindo mais tarde com ele, e filhos, para Vila Franca, viver numa casa que ainda lá tinha. Por volta de 65/70 voltou para S. Pedro de Sul com a companheira e filho mais novo (o mais velho estabeleceu-se na Guarda, onde tinha grandes negócios e acabou por falir). Teve um triste fim, pois foi abandonado pela companheira (trocado por outro) e, já cego, morreu na companhia do filho mais novo.

Mais alguma pergunta? Sempre me constou que ele (Manuel Leal) era (ou a esposa) da zona de Leiria ou Marinha Grande, tendo vinda para cá em negócios. Quanto ao apelido Braga, já não há cá na terra ninguém com esse nome…

Caso deseje mais informações, quando vier a Vila Franca das Naves venha falar comigo que eu lhe contarei de viva-voz o que sei e lhe apresentarei pessoas que sabem mais do que eu. Peça ao meu filho os meus contactos que ele fornecer-lhos-á.

Coimbra, 16.12.2006

Agostinho João d’Oliveira Martins


4. Resposta do Senhor Bernardo
Muito obrigado; a carta esclareceu-me muita coisa e lembrou-me o nome do irmão mais velho da minha avó, Dino! Diga ao seu pai que sim, a Mariazinha era a minha avó (Maria Georgette Leal). Diga também que Odete Leal morreu penso que em 1996, num lar em Condeixa, vítima em grande parte dos muitos remédios que começara a tomar muito nova e do coração.

Agora resta-me uma grande dúvida: de quem é filha, afinal, Maria Zulmira, meia-irmã da minha avó? E os filhos de Manuel Leal com a empregada do Hotel, são dois rapazes?? Alguém sabe deles???
Em relação à Aida, minha tia-avó, quero conhecê-la, hoje mesmo disse à minha mãe que nas férias da Páscoa irei aí sem falta. Por isso agradecia que me enviasse os seus contactos e também o da sua família. É claro que pode publicar a carta!!
Atenciosamente
Bernardo Galvão Videira


PS - É giro fazer a história da nossa terra desta forma, com o contributo de muitos. É esta a Vila Franca das Naves que eu amo e que quero que sempre exista...!


José Dias Coelho - 45 anos...!


Há 45 anos atrás, a 19 de Dezembro de 1961, a PIDE, assassinava a tiro, em pleno dia, numa rua de Lisboa, o pintor José Dias Coelho. Nascido bem perto da nossa terra (em Pinhel), certamente terá passado pela nossa zona muitas vezes.


Depois, o Zeca Afonso, quis recordar este senhor, numa belíssima canção que iremos recordar...

A Morte Saiu à Rua

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Um a gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação


Autoria (Letra e Música): Zeca Afonso

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Pedido de ajuda genealógico...

Recebemos o seguinte e-mail, que passamos a divulgar, para lhe poder responder:

Ex.mo Senhor:

Sei que não me conhece mas vou-me apresentar: chamo-me Bernardo Videira, 23 anos, vivo em Lisboa e ando em busca de dados sobre os antepassados da minha avó paterna, de seu nome Maria Georgette Leal: ela nasceu na sua terra, Vila Franca das Naves, em 1931 e faleceu em Lisboa, em 2000. Sei muito pouco sobre os antepassados dela, pois só recentemente comecei a interessar-me por Genealogia.

Sei que o pai dela se chamava Manuel Leal e era um homem algo abastado; a mãe dela era Maria de Lurdes Braga, faleceu muito nova, nos anos 30, sei que Maria de Lurdes Leal tinha dois irmãos mais velhos: um irmão que emigrou para o Brasil e uma irmã mais velha. Não sei se eles nasceram aí ou não; sei que depois o Manuel Leal foi viver para a Guarda, para a Praça da Sé; sei também que Manuel Leal viveu até à idade de 90 anos, e teve outras filhas de outras 2 mulheres. Parece que morreu em São Pedro do Sul, mas não estou certo disso...

A pergunta que lhe coloco é: será que alguém mais idoso aí da Vila se lembra deles? Será que alguém sabe mais algumas pistas?? Nomes completos, datas, informações, curiosidades... tudo seria bem vindo!!

Espero que me consiga obter alguma informação útil; tenho que ir aí brevemente, pois gostava de conhecer a terra, por motivos sentimentais, em relação à minha avó...; além disso tenho que pedir certidão da minha avó em Trancoso, onde aparecerão os nomes completos dos pais e avós dela.

Com os melhores cumprimentos, espero que me possa ajudar...
Bernardo Galvão Videira
bernardovideira(arroba)gmail.com
bernardovideira(arroba)hotmail.com

P.S. - Já agora, ainda haverá algum Braga aí na terra??


Será que alguém pode ajudar este descendente de vila-franquenses...? Respondam directamente ou mandem a resposta para o meu e-mail, que eu escrevo-lhe...
fjfom(arroba)hotmail.com


NOTA FINAL: Já recebemos algumas informações (que enviámos prontamente...) e temos novas dados, que o meu pai escreveu de memória, que também iremos passar para texto digitado e posterior e-mail, ao Senhor Bernardo. Se mais informações houver, serão benvindas...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

1º de Dezembro


Pátria



Não irás (nunca mais)

servir outros povos

ou outro Rei.

Não verterás teu sangue,

nem teus impostos,

para que Castela floresça.

Chegou a hora dos Braganças lutarem

por aquilo que lhes tinha sido prometido.



Outro João, como o Mestre de Avis,

irá tomar nas mãos a defesa de um Povo:

a nossa língua, costumes, territórios e a nossa Alma.

Já não aguentávamos mais estas algemas...



Quisemos...

Ganhámos.

Somos!


Pedro Luna (poema inédito)
Imagem: reprodução de mural de Jaime Martins Barata - ver aqui

quarta-feira, novembro 29, 2006

Conterrâneo lança livro de Poesia

Um habitante de Vila Franca das Naves, Carlos Alberto Rebelo Maia Gabriel, lançou um livro denominado " Meus Versos Memoriais ".

Uma agradável leitura, que a nossa Presidente de Junta aconselha....

Livro sobre Artes e Profissões antigas


No âmbito do Programa Sócrates "Geração Interculturas", em que participaram duas Vilas Francas de Portugal, duas de Espanha e duas de Itália, foi elaborado um livro por três elementos da Assembleia de Freguesia, cujo projecto se denomina Inter - Gerações /Cultura "Alfabetização através da Memória". Neste livro são dados a conhecer artes e profissões antigas, nomeadamente três ofícios: o Correeiro, o Ferrador e o Escultor de Madeiras.

Quem estiver interessado em adquirir um exemplar, pode dirigir-se à Junta de Freguesia.



Nomes novos de Ruas

Em deliberação tomada na sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de 14 de Setembro de 2006, depois de ouvida a Comissão de Toponímia, foram alterados alguns nomes de Ruas de Vila Franca das Naves. Assim:
  • Largo de S.Pedro passou a designar-se Largo Miguel Madeira;
  • Rua Direita passou a designar-se Rua José Rodrigues Joana;
  • Rua das Camélias passou a designar-se Rua de S. João.


segunda-feira, novembro 20, 2006

A Feira de S. Martinho - 2006




 Posted by Picasa

Novas placas toponímicas

Da amiga Lina recebi, em boa hora, a informação de há novas placas (de que, pelo que vejo na fotografia, gosto bastante...) de ruas e que o Largo de S. Pedro se passou a chamar Largo Miguel Madeira...

Ainda bem que o Miguel ficará sempre no meio da nossa terra, para além de ficar no nosso coração e na nossa saudade.

Obrigado Lina!


quarta-feira, novembro 08, 2006

Carta da Presidente da Junta de Vila Franca


De uma querida amiga e conterrânea recebemos a seguinte carta, que nos alegra e, com certeza, irá alegrar os leitores do Blog...
Olá Fernando!

Quero felicitar-te pelo excelente serviço que prestas a esta nossa comunidade Vila Franquense através do teu blog!!
Em breve esperamos ter um site, ainda que amador, para a Junta de Freguesia.
Se for do teu interesse sempre que tivermos notícias posso envia-las.

Por exemplo, se quiseres divulgar o email da Junta, é:
fregvfnaves-adsl@interacesso.pt

Um abraço

Adelina Ferreira Vaz
PS - Agradecemos a atenção da Presidente da nossa Junta... Cá ficamos à espera do site da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves, disponibilizando-nos para ajudar na sua elaboração e manutenção...

terça-feira, novembro 07, 2006

O homicida do Miguel foi finalmente condenado

Dos media retirámos as seguintes notícias:

Homicida de autarca de Vila Franca Naves condenado a 16 anos e três meses de prisão
06.11.2006 - 19h25 Lusa

O Tribunal de Trancoso condenou hoje a 16 anos e três meses de prisão o homicida do presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves, Miguel Madeira.

João de Castro Loureiro foi condenado a 16 anos de cadeia pela prática de um crime de homicídio qualificado e a sete meses de prisão por um crime de detenção ilegal de arma, mas em cúmulo jurídico o colectivo de juízes condenou-o a 16 anos e três meses. O arguido foi também condenado a pagar uma indemnização de 100 mil euros por danos não patrimoniais aos pais da vítima.

A sessão ficou marcada pela presença junto ao tribunal de um forte dispositivo da GNR, que revistou todas as pessoas que tiveram acesso à sala de audiências.

Durante a leitura da sentença, o juiz que presidiu ao colectivo, Heitor Osório, referiu que o arguido "agiu com frieza de ânimo" e "actuou com reflexão sobre os meios usados".

Numa única sessão do julgamento, realizada no dia 16 de Outubro, o tribunal ouviu todas as testemunhas de acusação e de defesa e as alegações finais.

O caso remonta a 27 de Setembro de 2005. O homicídio do autarca ocorreu quando este se encontrava em funções a retirar umas pedras que impediam o acesso a um estacionamento público junto à casa do agressor.

in Público


Homicida de autarca condenado a 16 anos e três meses de prisão

João de Castro Loureiro foi condenado a 16 anos e três meses de prisão pelo homicídio do presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves, Miguel Madeira, a 27 de Setembro de 2005.

O arguido foi condenado a 16 anos de cadeia pela prática de um crime de homicídio qualificado e a sete meses de prisão por um crime de detenção ilegal de arma, mas em cúmulo jurídico o colectivo de juízes condenou-o a 16 anos e três meses considerando que este "agiu com frieza de ânimo" e "actuou com reflexão sobre os meios usados".

Além da pena de prisão atribuída, João Loureiro, de 68 anos, vai ter de pagar ainda uma indemnização de 100 mil euros por danos não patrimoniais aos pais da vítima. O autarca foi assassinado com dois tiros de caçadeira depois de se ter dirigido à casa do arguido para retirar umas pedras num parque de estacionamento público do qual Loureiro se teria “apropriado indevidamente”.

in Correio da Manhã


Homicida de presidente de Junta condenado
João de Castro Loureiro vai cumprir 16 anos de cadeia pela prática de um crime de homicídio qualificado e a sete meses de prisão por um crime de detenção ilegal de arma

O Tribunal de Trancoso condenou hoje a 16 anos e três meses de prisão João de Castro Loureiro, acusado da morte do presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves.

O arguido foi condenado a 16 anos de cadeia pela prática de um crime de homicídio qualificado e a sete meses de prisão por um crime de detenção ilegal de arma, mas em cúmulo jurídico o colectivo de juízes condenou-o a 16 anos e três meses.

O homicida foi também condenado a pagar uma indemnização de 100 mil euros por danos não patrimoniais aos pais da vítima.

A sessão ficou marcada pela presença junto ao tribunal de um forte dispositivo da GNR, que revistou todas as pessoas que tiveram acesso à sala de audiências.

Durante a leitura da sentença, o juiz que presidiu ao colectivo, Heitor Osório, referiu que o arguido "agiu com frieza de ânimo" e "actuou com reflexão sobre os meios usados".

Após a leitura da sentença, o advogado do arguido, Aníbal Pereira, afirmou que "o recurso não é uma certeza, mas é uma possibilidade".

"Vou analisar o acórdão e depois vejo. Há uma série de coisas que preciso de ver e depois decido", disse, referindo-se a um eventual recurso da sentença.

Por sua vez, o advogado que representou os pais da vítima, Manuel Baptista Rodrigues, afirmou pensar "que o tribunal fez a ponderação adequada face a todas as circunstâncias" adiantando que vai falar com os clientes, mas em principio não irá recorrer da decisão relativa à indemnização.

Manuel Rodrigues defendeu no entanto que o colectivo de juízes poderia ter aplicado uma pena mais pesada, se quisesse "mostrar ao povo uma pena exemplar" e "por causa da prevenção geral" deste tipo de crime.

"Face à enormidade do crime o povo gostaria de ver a pena máxima. No entanto o tribunal, que não funciona com as mesas motivações que o povo, entendeu fazer justiça de uma forma adequada, tendo em conta um conjunto de motivações e a cultura do próprio arguido", concluiu.

Numa única sessão do julgamento, realizada no dia 16 de Outubro, o Tribunal ouviu todas as testemunhas de acusação e de defesa e as alegações finais.

João de Castro Loureiro, residente em Vila Franca das Naves, assassinou a 27 de Setembro de 2005 o presidente da Junta de Freguesia, Miguel Madeira, de 37 anos.

O homicídio do autarca ocorreu quando este se encontrava em funções a retirar umas pedras que impediam o acesso a um estacionamento público junto à casa do agressor.

in Jornal de Notícias

quinta-feira, novembro 02, 2006

O Julgamento do presumível homicida do Miguel

Para memória futura, embora remexer neste assuntos custe um pouco, aqui fica uma súmula das notícias publicadas nos media:


Homicídio do autarca Miguel Madeira começa hoje a ser julgado
O presumível homicida do presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves começa hoje a ser julgado no Tribunal de Trancoso.

João de Castro Loureiro, um ex-emigrante de 60 anos, senta-se no banco dos réus acusado da prática dos crimes de homicídio qualificado (que tem uma moldura penal de entre 12 e 25 anos de prisão) e um crime de detenção ilegal de arma (sujeito a pena de prisão até dois anos ou multa até 240 dias).

O homicídio do autarca Miguel Madeira, 37 anos, ocorreu a 27 de Setembro do ano passado, quando o autarca se encontrava em funções, a proceder à remoção de umas pedras que impediam o estacionamento num espaço público nas proximidades da residência do alegado homicida.

João de Castro Loureiro, que está detido preventivamente no estabelecimento Prisional da Guarda, é acusado de ter disparado dois tiros que provocaram a morte do autarca.

Os pais de Miguel Madeira, que no julgamento serão representados pelos advogados Manuel Baptista Rodrigues e Nuno Albuquerque, avançaram também com um pedido de indemnização no valor de mais de 120 mil euros, que reclamam do arguido.

João de Castro Loureiro é defendido em Tribunal pelo advogado Aníbal Pereira.

O processo arrola um total de dezanove testemunhas, sendo seis de acusação pública, quatro de defesa e nove relacionadas com o pedido cível deduzido pelos familiares da vítima.

A primeira sessão do julgamento está marcada para as 10:00 de hoje e a segunda foi agendada para a mesma hora do dia 31.

Diário Digital / Lusa

16-10-2006 5:41:00

in Diário Digital - ver notícia


Julgamento do homicidio de Miguel Madeira
O presumível homicida do presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves começou a ser julgado esta manhã no Tribunal de Trancoso. O indivíduo entrou pelas traseiras do tribunal cerca das 10h35.

Todas as pessoas que pretendiam entrar na sala de audiência foram revistadas pela GNR que também usou um detector de metais. Segundo o comandante do destacamento, capitão Lourenço, foi mobilizado para o tribunal o efectivo necessário para a situação.

oão Castro Loureiro, um ex-emigrante de 60 anos, senta-se no banco dos réus acusado da prática dos crimes de homicídio qualificado (que tem uma moldura penal de entre 12 e 25 anos de prisão) e um crime de posse ilegal de armas (sujeito a pena de prisão até dois anos ou multa de 240 dias).

O homicídio do autarca Miguel Madeira, de 37 anos, ocorreu a 27 de Setembro de 2005, quando a vítima se encontrava em funções, a proceder à remoção de umas pedras que impediam o estacionamento num espaço público nas proximidades da residência do alegado homicida.

João de Castro Loureiro é acusado de ter disparado os dois tiros que provocaram a morte do autarca.

Os pais de Miguel Madeira avançaram também com um pedido de indemnização no valor de mais de 120 mil euros.

O processo arrola um total de 19 testemunhas, sendo seis de acusação pública, quatro de defesa e nove relacionadas com o pedido cível deduzido pelos familiares da vítima.


O arguido disse hoje ao colectivo de juízes, presidido por Heitor Osório, que o local onde foi criado o estacionamento público lhe pertencia, falando numa alegada troca de terrenos efectuada em tempos com um antigo presidente de junta, já falecido.

"Aquele aparcamento foi mandado fazer pelo senhor Alfredo Torres em troca de outro terreno para a abertura de uma rua. Era só para mim, era um aparcamento privado", contou.

A acusação refere que o arguido agiu "livre e conscientemente" e que efectuou dois disparos de caçadeira - que provocaram a morte a Miguel Madeira - "com absoluta indiferença pelos valores da vida humana".

Durante o interrogatório, que durou cerca de meia hora, o arguido disse ao tribunal que na manhã daquele dia estava na cama e foi a sua mulher quem o chamou, dando-lhe conta das intenções do presidente da junta de freguesia de retirar as pedras e os vasos do estacionamento que pretendia devolver à utilização pública.

Castro Loureiro relatou que abordou o autarca dizendo-lhe para não retirar nada do local já que a área de estacionamento lhe pertencia, recebendo como resposta: "Quem manda aqui sou eu". Dirigiu-se então ao interior da sua residência e pegou na caçadeira "para lhe meter medo e ver se ele se ia embora".

"Disse-lhe para se ir embora, mas como me enervei, disparei sobre ele. Não era para o matar, era para ver se lhe metia medo e se ele se ia embora", afirmou em tribunal. Contou que na altura dos disparos o autarca estava no interior de uma viatura, a pouca distância da sua residência "a mexer numas coisas no seu interior". Ao aproximar-se disse-lhe: "Deixe ficar as pedras e vá-se embora, mas ele respondeu que quem manda aqui sou eu", relatou.

Depois disso, contou que abandonou o local, pensando que não tinha morto Miguel Madeira, dirigiu-se para a sua casa, limpou a arma e ali ficou até que as autoridades o detiveram.

O arguido afirmou ainda que "o desentendimento" por causa dos lugares de estacionamento "só foi com este presidente [Miguel Madeira]".

Mesmo depois de ter recebido uma carta da junta de freguesia onde era solicitado que procedesse à retirada das pedras e dos vasos de flores, João Loureiro afirmou que "não autorizava que ninguém retirasse as pedras e os vasos".


Após o depoimento do arguido, o tribunal ouviu o da mulher, Amália Loureiro, na qualidade de testemunha, que confirmou ter chamado o marido no momento em que Miguel Madeira e os funcionários da junta de Vila Franca das Naves tencionavam remover as pedras e vasos com flores.

Justificou que alertou o arguido porque o terreno lhes pertencia, acrescentando que o estacionamento foi efectuado numa troca, quando "a Câmara de Trancoso e a Junta abriram uma rua no terreno em 1992". Contou ainda que não ouviu os dois disparos efectuados pelo marido porque "estava no interior" da sua habitação.

Seguiu-se a audição de uma testemunha de acusação, Manuel Alves Vaz, funcionário da junta de Vila Franca das Naves, que disse ter ouvido Amália Loureiro a incitar o marido a matar o autarca.

No entanto, no momento em que a testemunha afirmou que a mulher do arguido estava no local, Amália Loureiro, que se encontrava na sala de audiências, no banco das testemunhas já inquiridas, chamou-lhe "mentiroso".

Perante isto, o juiz Heitor Osório ordenou a expulsão de Amália Loureiro da sala de audiências.

Durante a tarde continuou a audição de mais testemunhas.

PortaldeTrancoso/SIC/Lusa

in Portal de Trancoso - ver notícia


Tribunal de Trancoso realizou o julgamento numa única sessão
Sentença do alegado homicida de Miguel Madeira marcada para 6 de Novembro
Numa única sessão do julgamento do suspeito da morte de Miguel Madeira, presidente da Junta de Vila Franca das Naves, realizada na segunda-feira dia 16 de Outubro, o Tribunal de Trancoso ouviu todas as testemunhas arroladas no processo e as alegações finais deste caso, que senta João de Castro Loureiro, um ex-emigrante de 68 anos, no banco dos réus.
No final da sessão, o colectivo de juízes presidido por Heitor Osório, marcou a leitura do acórdão para as 17 horas do dia 6 de Novembro.
O ex-emigrante de 68 anos, residente em Vila Franca das Naves, está acusado dos crimes de homicídio qualificado (que tem uma moldura penal de 12 a 25 anos de prisão) e um crime de posse ilegal de arma (sujeito a pena de prisão até dois anos ou multa de 240 dias).
O caso remonta a 27 de Setembro de 2005, quando Miguel Madeira no desempenho das suas funções de autarca, acompanhado por três funcionários da Junta de Freguesia se deslocou junto da residência do arguido com o objectivo de retirar umas pedras e vasos de flores que impediam o estacionamento.
Durante as alegações finais, o Procurador da República, Augusto Isidoro, e o advogado que representou os familiares da vítima, Manuel Baptista Rodrigues, pediram ao Tribunal que aplicasse uma “pena exemplar” pelo crime de homicídio qualificado.
Augusto Isidoro defendeu uma pena que se ajustasse “acima da média entre os valores que vêm sendo admitidos”, considerando que a justiça “confronta-se com a necessidade de trazer este cidadão à razão”. “O arguido precisa de reformar a sua escala de valores e ajustar-se à sociedade”, defendeu.
“Mal, reagiria a sociedade, se daqui não saísse uma pena exemplar”, disse por seu lado o advogado Manuel Baptista Rodrigues, argumentando que durante o julgamento “o arguido não assumiu nem revelou arrependimento”. “Não revelou arrependimento, não confessou, quis ludibriar o Tribunal com uma confissão parcial e distorcida, dizendo apenas que disparou nervosamente”, disse.
O advogado afirmou que João de Castro Loureiro cometeu um crime “que revoltou a sociedade” e que o arguido “mostrou desprezo pela vida humana, por um motivo fútil e desproporcionado”.
Já o advogado do arguido, Aníbal Pereira, defendeu que o ex-emigrante seja condenado como autor material de um crime de homicídio simples e absolvido do crime de detenção ilegal de arma, rejeitando que ele não tenha confessado o crime. “O arguido fez uma confissão integral e sem reservas dos factos. Não me parece que do comportamento do arguido nesta audiência leve a concluir que este homem é um monstro”, disse, alegando que João de Castro Loureiro efectuou os disparos “depois de ter discutido com a vítima”.
No entanto, considera que o presidente da Junta de Vila Franca das Naves “não se muniu, como devia, de um mandado judicial”. “Quem, efectivamente, tinha ordens e poderes para entrar ali e retirar as pedras, era o Tribunal”, considerou Aníbal Pereira, acrescentando que a intenção de matar do seu cliente não é clara, porque o arguido entendeu sempre que estava a defender uma coisa que lhe pertencia.
Ex-emigrante diz que
disparou só para assustar

O suspeito negou em Tribunal qualquer intenção de matar o autarca, afirmando que apenas o queria assustar quando disparou a caçadeira. João de Castro Loureiro disse ao Colectivo de juízes, que o local onde foi criado o estacionamento público lhe pertencia, falando numa alegada troca de terrenos efectuada em tempos com um antigo presidente de Junta, já falecido. “Aquele aparcamento foi mandado fazer pelo senhor Alfredo Torres em troca de outro terreno para a abertura de uma rua. Era só para mim, era um aparcamento privado”, explicou.
A acusação refere que o arguido agiu “livre e conscientemente” e efectuou dois disparos de caçadeira “com absoluta indiferença pelos valores da vida humana”.
Durante o interrogatório o arguido disse que na manhã daquele dia estava na cama e foi a mulher que o chamou dando-lhe conta das intenções do presidente da Junta de Freguesia de retirar as pedras e os vasos do estacionamento que pretendia devolver à utilização pública. Relatou que ainda abordou o autarca dizendo-lhe para não retirar nada do local visto a área de estacionamento lhe pertencer, recebendo como resposta: “quem manda aqui sou eu”. Dirigiu-se então ao interior da sua residência e pegou na caçadeira “para lhe meter medo e ver se ele se ia embora”.
“Disse-lhe para se ir embora, mas como me enervei, disparei sobre ele. Não era para o matar, era para ver se lhe metia medo e se ele se ia embora”, afirmou em Tribunal, acrescentando que na altura dos disparos o autarca estava no interior de uma viatura, a pouca distância da sua residência “a mexer numas coisas”. Depois disso, contou que abandonou o local, pensando que não tinha morto Miguel Madeira, dirigiu-se para a sua casa, limpou a arma e ali ficou até que foi detido.
Após o depoimento do arguido, o Tribunal ouviu o da mulher, Amália Loureiro, na qualidade de testemunha, que confirmou ter chamado o marido que se encontrava na cama, no momento em que Miguel Madeira e os funcionários da Junta tencionavam remover as pedras e vasos com flores. Justificou que alertou o arguido porque o terreno lhes pertencia, acrescentando que o estacionamento foi efectuado numa troca, quando “a Câmara de Trancoso e a Junta abriram uma rua em 1992”.
Contou ainda que não ouviu os dois disparos efectuados pelo marido porque “estava no interior” da sua casa.
Seguiu-se a audição de uma testemunha de acusação, Manuel Alves Vaz, funcionário da Junta de Vila Franca das Naves, que disse ter ouvido Amália Loureiro a incitar o marido a “matar” o autarca. No entanto, no momento em que a testemunha afirmou que a mulher do arguido estava no local, Amália Loureiro, que se encontrava no banco das testemunhas já inquiridas, chamou-lhe “mentiroso”. Perante isto, o juiz Heitor Osório, ordenou a sua expulsão da Sala de Audiências.
Das várias testemunhas de acusação, destaca-se o depoimento de Fernando Gomes, funcionário da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves, que contou que, na altura em que o caso ocorreu, o arguido se aproximou da carrinha onde estava o presidente da Junta e disparou o primeiro tiro.
“O senhor João seguiu em direcção à carrinha, contornou-a, chegou ao pé do Miguel e deu um tiro. Passado um bocadinho, levantou a arma e deu-lhe outro tiro”, relatou. “Quando deu os tiros, baixou a arma e seguiu”, acrescentou, adiantando que não houve troca de palavras entre o arguido e a vítima. Também foi ouvida a actual presidente de Junta de Freguesia, Adelina Vaz, tesoureira na altura do crime, segundo a qual “nunca houve nada que indiciasse conflitos” entre a vítima e o arguido, acrescentando que a decisão de proceder à limpeza do estacionamento foi deliberada pela Junta “e comunicada às pessoas”.
Refira-se ainda que o julgamento esteve rodeado de fortes medidas de segurança. A GNR revistou todas as pessoas que entraram na Sala de Audiências e utilizou um detector de metais.

in Jornal A Guarda - ver notícia


Trancoso: suspeito do homicídio de autarca nega intenção de matar
O suspeito do homicídio do presidente da junta de Vila Franca das Naves negou hoje em tribunal qualquer intenção de matar o autarca, afirmando que apenas o queria assustar quando disparou a caçadeira.

João de Castro Loureiro, um ex-emigrante de 68 anos residente em Vila Franca das Naves, começou hoje de manhã a ser julgado no tribunal de Trancoso pelos crimes de homicídio qualificado e de posse de arma proibida.

Os factos remontam a 27 de Setembro de 2005 quando, pelas 08h30, o autarca Miguel Madeira, acompanhado por três funcionários da junta de freguesia, se deslocou à residência do arguido com o objectivo de retirar pedras e vasos de flores que impediam o estacionamento.

O arguido disse hoje ao colectivo de juízes, presidido por Heitor Osório, que o local onde foi criado o estacionamento público lhe pertencia, falando numa alegada troca de terrenos efectuada em tempos com um antigo presidente de junta, já falecido.

"Aquele aparcamento foi mandado fazer pelo senhor Alfredo Torres em troca de outro terreno para a abertura de uma rua. Era só para mim, era um aparcamento privado", contou.

A acusação refere que o arguido agiu "livre e conscientemente" e que efectuou dois disparos de caçadeira - que provocaram a morte a Miguel Madeira - "com absoluta indiferença pelos valores da vida humana".

Durante o interrogatório, que durou cerca de meia hora, o arguido disse ao tribunal que na manhã daquele dia estava na cama e foi a sua mulher quem o chamou, dando-lhe conta das intenções do presidente da junta de freguesia de retirar as pedras e os vasos do estacionamento que pretendia devolver à utilização pública.

Castro Loureiro relatou que abordou o autarca dizendo-lhe para não retirar nada do local já que a área de estacionamento lhe pertencia, recebendo como resposta: "Quem manda aqui sou eu". Dirigiu-se então ao interior da sua residência e pegou na caçadeira "para lhe meter medo e ver se ele se ia embora".

"Disse-lhe para se ir embora, mas como me enervei, disparei sobre ele. Não era para o matar, era para ver se lhe metia medo e se ele se ia embora", afirmou em tribunal. Contou que na altura dos disparos o autarca estava no interior de uma viatura, a pouca distância da sua residência "a mexer numas coisas no seu interior". Ao aproximar-se disse-lhe: "Deixe ficar as pedras e vá-se embora, mas ele respondeu que quem manda aqui sou eu", relatou.

Depois disso, contou que abandonou o local, pensando que não tinha morto Miguel Madeira, dirigiu-se para a sua casa, limpou a arma e ali ficou até que as autoridades o detiveram.

O arguido afirmou ainda que "o desentendimento" por causa dos lugares de estacionamento "só foi com este presidente [Miguel Madeira]".

Mesmo depois de ter recebido uma carta da junta de freguesia onde era solicitado que procedesse à retirada das pedras e dos vasos de flores, João Loureiro afirmou que "não autorizava que ninguém retirasse as pedras e os vasos".

Testemunha diz que mulher incitou o arguido a matar o autarca

Após o depoimento do arguido, o tribunal ouviu o da mulher, Amália Loureiro, na qualidade de testemunha, que confirmou ter chamado o marido no momento em que Miguel Madeira e os funcionários da junta de Vila Franca das Naves tencionavam remover as pedras e vasos com flores.

Justificou que alertou o arguido porque o terreno lhes pertencia, acrescentando que o estacionamento foi efectuado numa troca, quando "a Câmara de Trancoso e a Junta abriram uma rua no terreno em 1992". Contou ainda que não ouviu os dois disparos efectuados pelo marido porque "estava no interior" da sua habitação.

Seguiu-se a audição de uma testemunha de acusação, Manuel Alves Vaz, funcionário da junta de Vila Franca das Naves, que disse ter ouvido Amália Loureiro a incitar o marido a matar o autarca.

No entanto, no momento em que a testemunha afirmou que a mulher do arguido estava no local, Amália Loureiro, que se encontrava na sala de audiências, no banco das testemunhas já inquiridas, chamou-lhe "mentiroso".

Perante isto, o juiz Heitor Osório ordenou a expulsão de Amália Loureiro da sala de audiências.

O julgamento, que foi suspenso para almoço por volta das 12h00 e que recomeçará às 14h00, está a ser realizado sob fortes medidas de segurança.

A GNR, que disponibilizou um forte dispositivo policial, revista todas as pessoas que se encaminham para a sala de audiências com um detector de metais.

in Rádio Elmo - ver notícia


Presidente da junta de Vila Franca das Naves
Suspeito da morte de autarca começa hoje a ser julgado no Tribunal de Trancoso
16.10.2006 - 08h58 Gustavo Brás (PÚBLICO)

Está agendado para esta manhã, no Tribunal de Trancoso, o início do julgamento do presumível homicida de Miguel Madeira, presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves.

No banco dos réus senta-se um ex-emigrante de 60 anos, acusado da prática dos crimes de homicídio qualificado e detenção ilegal de arma.

O arguido, que está detido preventivamente no Estabelecimento Prisional da Guarda, incorre numa pena de prisão que pode ir dos 12 aos 25 anos. Os pais de Miguel Madeira avançaram também com um pedido de indemnização no valor de mais de 120 mil euros.

O homicídio do autarca, de 37 anos, ocorreu na manhã de 27 de Setembro do ano passado quando se encontrava em funções autárquicas, a proceder à remoção de umas pedras que impediam o estacionamento num espaço público nas proximidades da residência do alegado homicida.

Inicialmente, a mulher do detido ainda chegou a ser acusada da co-autoria do crime, mas o Ministério Público considerou não haver elementos suficientes que fundamentassem a acusação e arquivou o processo, tendo sido agora indicada como uma das quatro testemunhas de defesa.

De acordo com a acusação, o ex-emigrante "actuou motivado pelos desentendimentos que, há já algum tempo, vinha despoletando com a junta de freguesia e, mais especificamente, com Miguel Madeira", porque "entendia que a faixa de terreno contígua à sua casa, na Rua da Indústria, era sua e não da autarquia", tendo, por isso, colocado pedras e vasos naquele local.

Como as diversas notificações efectuadas pela autarquia não demoveram o casal, no dia 27 de Setembro, pelas 8h30, o presidente e três trabalhadores da junta deslocaram-se à Rua da Indústria. Quando se preparavam para dar início aos trabalhos de limpeza do espaço foram interrompidos pela mulher do arguido que, abeirando-se da porta da sua residência, disse a Miguel Madeira para não serem retiradas as pedras e os vasos, alegando que o espaço lhe pertencia.

Mas como não foi tido em conta o que tinha acabado de dizer, entrou em casa para informar o marido, que se dirigiu depois ao autarca reivindicando a propriedade daquela faixa de terreno. Na sequência desta troca de palavras, o arguido voltou a entrar em casa e, pouco tempo depois, saiu empunhando uma espingarda de caça.

Entretanto, Miguel Madeira foi estacionar o carro a cerca de vinte metros de distância para permitir que os três trabalhadores avançassem com o tractor agrícola. O autarca permaneceu sentado no banco do condutor, enquanto efectuava uma chamada para o posto da GNR, a solicitar a presença de agentes no local, quando foi atingido com dois tiros na zona abdominal e torácica.

in Público - ver notícia


Morte de presidente de Junta em Tribunal
O presumível homicida do presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves começou, esta segunda-feira, a ser julgado. O suspeito chegou ao Tribunal de Trancoso às 10:35. O edifício do Tribunal está rodeado de um forte dispositivo policial assegurado pela GNR. Todas as pessoas que se dirigiam para a sala de audiência foram revistadas pela GNR, que usou um detector de metais.

Para assistir ao julgamento do suspeito da morte de Miguel Madeira, que será presidido pelo juiz Heitor Osório, estão muitos habitantes de Vila Franca das Naves.

João Castro Loureiro, um ex-emigrante de 60 anos, senta-se no banco dos réus acusado da prática dos crimes de homicídio qualificado (que tem uma moldura penal de entre 12 e 25 anos de prisão) e um crime de posse ilegal de armas (sujeito a pena de prisão até dois anos ou multa de 240 dias).

O homicídio do autarca Miguel Madeira, de 37 anos, ocorreu a 27 de Setembro do ano passado, quando a vítima se encontrava em funções, a proceder à remoção de umas pedras que impediam o estacionamento num espaço público nas proximidades da residência do alegado homicida.

Esta segunda-feira, o alegado homicida disse em tribunal que, quando atirou, não teve intenção de matar, mas apenas assustar o autarca.

in TVI - ver notícia

quarta-feira, setembro 27, 2006

Um ano de saudades...

Faz hoje um ano que o Miguel foi morto. Um ano de saudade e luto.

Mas nunca te esqueceremos de quem eras e pelo que lutavas.

Enquanto a nossa terra for o que tu sonhaste, tu estarás vivo nos nossos corações...

Obrigado Miguel...!

sábado, setembro 16, 2006

Site da Adega Cooperativa

Após um período sem site (o antigo esteve inactivo demasiado tempo...) este reaparece novamente, com alguma qualidade.

terça-feira, setembro 12, 2006

Vila Franca em Setembro...

As vinhas, enquadradas pelo pinhal, uma casinha junto à Barragem de Bouça Cova e um pátio com abóboras...



Antiga Forno Comunitário

Antigo Forno comunitário, no largo da antiga Escola, com fonte e árvore:

Antiga Igreja Matriz

Aqui ficam três fotos da antiga Igreja Matriz de Vila Franca das Naves:



segunda-feira, setembro 11, 2006

Património de Vila Franca das Naves

Algumas fotos do património de Vila Franca das Naves:







Os golpes no Multibanco

Retomando o habitual serviço público, aqui fica a sugestão de um site que explica os três métodos de clonagem de cartões multibanco.


http://www.lusawines.com/public/prevencaoATM.swf

NOTA: depois de entrar no link anterior, usar as setas do canto superior direito para avançar ou ir clicando sucessivamente no quadradinhos de cima...

segunda-feira, julho 31, 2006

Que terra é esta...?

A ver se adivinham...







Para descobrir, ler o 1º comentário - e fiquem admirados...!

quinta-feira, junho 08, 2006

Site da Câmara de Trancoso


Finalmente...!

O site da CMT é:
http://www.cm-trancoso.pt/Principal.htm

segunda-feira, maio 01, 2006

I Encontro de Blogues de Vila Viçosa


Blog amigo pede-nos para divulgar o seguinte evento:

Dia 22 de Julho venha até Vila Viçosa conviver com os seus amigos, traga a sua família, tenha a oportunidade de se maravilhar com a beleza de Vila Viçosa, passe um dia diferente no I Encontro de Blogues de Vila Viçosa!

Poderá obter mais informações em:

http://www.encontrodeblogues.pt.vu/

quarta-feira, abril 26, 2006

Livro sobre Vila Franca

Mão amiga (e paterna...) nos fez chegar um livrinho autobiográfico de um nosso conterrâneo, Ernesto de Almeida Vaz, intitulado Memórias. Lido e relido, eis que, de viva voz, recordamos a História da terra através de um dos seus principais actores. O comboio em Trancoso, a Igreja, as Casas Paroquiais, melhorias e benfeitorias, tudo aparece contado pelo Senhor Vaz, tal como a sua memória o gravou...

É uma obra que recomendamos que comprem, antes que esgote.

Obrigado, caro Senhor Vaz...!

segunda-feira, março 20, 2006

Aos leitores do Blog

Chegou-nos hoje a notícia de que este Blog foi lido no Brasil, por conterrâneos, com a chegada rápida da notícia a Portugal.... Tendo a nossa terra tantos emigrantes, pelas sete partidas do mundo, é natural que muitos busquem as sua raizes na Internet. Este sítio também é a vossa terra, a pequena Aldeia (hoje grande Vila...) da qual saistes, como eu, que vivo fora, em Leiria. Este local também é vosso, como Vila Franca das Naves é de todos os que a amam e dela se recordam...! É aqui que podemos matar saudades, recordar acontecimentos, buscar pessoas ou informações, fazer um pouco da história da nossa terra e dos seus naturais, habitantes e vizinhos...

Agradecemos as amáveis palavras que muitos nos fazem chegar e recordamos que este local é de todos... Qualquer sugestão, participação ou proposta é sempre bem recebida. Qualquer comentário, colocado em qualquer notícia, é sempre lido e devidamente considerado... Para qualquer outro assunto, há ainda o e-mail - fjfom(arroba)hotmail.com - e até o contacto directo...

Obrigado a todos...!

segunda-feira, março 13, 2006

Gripe das Aves

Como, aparentemente, a declaração obrigatória de existência de aves, por causa da Gripe das Aves, não está acessível para muitas pessoas, disponibilizamo-la aqui, retirada do site da Direcção-Geral de Veterinária, em documento Adobe Acrobat Reader (pdf).

quarta-feira, março 01, 2006

Domingo de Carnaval


Vila Franca das Naves esteve, este Domingo, colorida com uma grande massa humana, no seu já habitual desfile de Carnaval. Considerado um dos maiores e melhores Carnavais do distrito, esta tarde juntou umas boas centenas de pessoas nas ruas principais da vila para assistir ao corso, onde desfilaram várias pessoas, viaturas e tractores caracterizados, desenvolvendo algumas situações de comédia de situações do dia a dia. A folia continuou pela noite com um baile.

(Retirado do Blog Beira Medieval, autoria Bandarra)

terça-feira, fevereiro 21, 2006

O frio está de volta!

Olá a todos, finalmente arranjei tempo para deixar o meu contributo a este projecto :) Neste passado fim de semana, no dia 19 Fev a neve fez mais uma visita cá para estes lados. As fotos que se seguem foram tiradas na Guarda, e são só para deixar todos aqueles que nao poderam lá estar com inveja :) Espero que gostem:


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Foto panorâmica da cordilheira da Serra da Estrela














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Marcas na neve :)
















Rotunda do G na Guarda
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Mais uma vez os limpa neves foram chamados ao serviço.
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