terça-feira, junho 29, 2010

A anarquia no Ministério da Educação e a fusão de Agrupamentos de Escolas nas notícias - XIII

Viseu - Manifestação contra mega-agrupamentos
Sindicato não quer “encerramento” cego

O SPRC juntou centenas de pessoas para protestar contra o fecho de escolas do 1º Ciclo e a criação de mega agrupamentos.


O Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC) organizou ontem em Viseu, no Rossio, uma manifestação na qual reuniu algumas centenas de pessoas, entre pais, professores e alunos, em sinal de protesto contra o anunciado encerramento de escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico com menos de 21 alunos.

Também a concentração de escolas do Ensino Secundário em mega agrupamentos, que está em desenvolvimento em oito – Mangualde, Vila Nova de Paiva, Castro Daire, S. Pedro do Sul, Vouzela, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão e Sátão – dos 24 concelhos do distrito de Viseu mereceu o protesto dos sindicalistas. Na ocasião, foram mesmo apresentados abaixo assinados (com mais de duas mil assinaturas) de protesto contra o novo tipo de emparcelamento escolar.

Para o SPRC, a criação de mega agrupamentos de escolas “tem apenas por objectivo reduzir o investimento na educação, o que poderá gerar dificuldades e problemas na vida e funcionamento dos diversos estabelecimentos da educação pré-escolar, ensino básico e secundário”.

O emparcelamento de escolas, criticado pelos sindicalistas, poderá levar ainda a situações de “desemprego, numa região onde os postos de trabalho são cada vez mais escassos”. Por isso foi ontem exigido que o Governo interrompa o processo de emparcelamento de escolas.

O coordenador do SPRC em Viseu, Francisco Almeida, teme que o processo de criação de mega agrupamentos escolares se estenda a todos os concelhos do distrito de Viseu, para além os referidos oito.

Quanto ao encerramento das escolas do 1º Ciclo com menos de 21 alunos, o responsável do SPRC em Viseu voltou a mostrar-se preocupado: “Não dizemos que não se pode fechar nenhuma escola, o que não aceitamos é o encerramento cego das escolas. Deve analisar-se caso a caso”, sugeriu ainda o sindicalista.

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